“A cozinha sempre foi o coração lá de casa.” – Clara de Sousa
Falou-nos de afetos, de receitas de amor, de tempos vividos na cozinha de sua casa, ainda menina. Da paixão que desenvolveu pelos tachos e panelas, do prazer que retira do que constrói naquele espaço onde encontra sempre momentos para repor energias. O seu rosto, assim como a sua voz são bem conhecidos de todos, o seu trabalho como jornalista também.
É como pivot do Jornal da Noite na SIC que Clara de Sousa transmite de segunda a sexta as notícias do país e do mundo.
Mas é na cozinha que encontra os momentos de serenidade que precisa para repor energias. Desde os 9 anos que aprendeu a dominar a mestria de tachos e panelas. A sua mãe cozinheira de mão cheia e mulher de trabalho, influenciou-a imenso. Mas escolher a aprender a cozinhar, porém nunca foi uma opção. Fazer o jantar para a família todos os dias, era uma tarefa da sua responsabilidade. “A minha mãe fazia o catering para muitos casamentos e baptizados e ela sempre me chamou para colaborar em várias tarefas da cozinha. Sempre me deu muita responsabilidade, e fazer o jantar para a família fazia parte dessa responsabilidade” revela Clara de Sousa relembrando, “a cozinha sempre foi o coração lá de casa. A sala de jantar servia apenas e só para ocasiões especiais como o Natal ou a Páscoa, era na cozinha que o nosso quotidiano se passava. Aliás, a entrada da casa, fazia-se pela cozinha.”
Da responsabilidade nasce o engenho e o prazer de querer inovar e surpreender a família. A cozinha sempre lhe proporcionou momentos de felicidades, já que “a essência da partilha está na mesa.” O seu sorriso aberto não esconde a importância que a culinária tem para si, fala como é seu hábito, de forma continuada já que as memórias fluem sem percalços. “A Teleculinária tem a minha preferência e é graças a ela que consigo desde sempre surpreender a família e os amigos. Gosto das suas receitas, resultam, são óptimas. Tanto assim é que até usei no meu livro “A Minha Cozinha” e fiz uma nota de referência a isso, foi a receita do Bolo de Chocolate de uma Teleculinaria dos anos 70.”
Quando não tem obrigação de cozinhar gosta de testar receitas.“Este mundo tem muita coisa para mostrar. Faço alterações e adoro. O facto de ter lançado o livro e a página de facebook, obrigam-me a estar na cozinha, mas eu gosto. Na cozinha consigo relaxar. A cozinha para mim funciona com um veículo de coisas boas, de amor… E quando consigo abrir a alma, as coisas saem tão bem… Só houve uma vez que tive de fazer um jantar para a família que foi muito difícil. Foi depois da minha mãe morrer, logo a seguir ao funeral. Estava triste, o meu coração e almas não estavam ali, mas alguém tinha que cozinhar. Fiz tudo sem coração e sem saber explicar muito bem como, a refeição foi extraordinária, ainda hoje não encontro explicação. Acho que ela estava lá ajudar-me.”
Sopa de Meloa
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