Doces pecados à sua mesa
2. Castanhas de ovos de Arouca
Sabe porque é que os doces conventuais eram confecionados com muitas gemas? Não? Nós contamos. Para além de Portugal ser um excelente produtor de ovos, nos séculos XVIII e XIX, as claras eram exportadas para serem utilizadas como purificador na produção de vinho branco e para serem utilizadas para engomar os fatos dos senhores mais abastados em vários países do mundo. Havia então excedente de gemas e que acabariam no lixo. Valeram-lhes as religiosas, que para passarem melhor o tempo enclausuradas, se dedicavam à culinária, fazendo nascer verdadeiros pecados da gula.
Grau de dificuldade: Médio
Custo da Refeição: Médio
Tempo: 30 minutos
Doses: 8 pessoas
Ingredientes:
- 375 g de miolo de amêndoa em pó
- 350 g de açúcar
- 16 gemas
- 2 gemas para pincelar
- 150 ml de água
- Farinha q.b.
Instruções:
1. Leve ao lume o açúcar com a água, deixe ferver durante cerca de 8 minutos, até atingir ponto de pérola.
2. Adicione depois o miolo de amêndoa e deixe ferver durante alguns minutos, mexendo sempre. Retire do lume e deixe arrefecer.
3. Bata as gemas, junte-as à calda anterior e leve novamente a lume brando, mexendo sempre até ficar espessa. Se ficar um género de estrada quando passa uma colher pelo creme, pode retirar do lume.
4. Coloque o preparado num tabuleiro polvilhado com farinha, formando pequenas castanhas, pincele com as gemas batidas e queime a superfície com o maçarico ou ferro quente.